Atendemos todo o Brasil -
011 3101-2261
Publicações
Ministério Público do Piauí recomendou ao Comando da Polícia Militar e ao Governo do Estado nessa quarta-feira (26) que haja modificações em alguns itens do edital do concurso para soldado da PM. O certame considera inaptos os candidatos com tatuagem e algumas doenças como dermatite e sinusite grave. O edital confronta uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2016, que julgou inconstitucional a exclusão dos concursos de candidatos que possuem tatuagens.
Sobre o concurso do Piauí, a promotora de Justiça Leida Diniz, algumas as exigências são inconvenientes e ilegais. “São itens do edital que ferem os princípios constitucionais como o princípio do livre acesso a cargos públicos, o princípio da isonomia, da proporcionalidade, da moralidade e também da legalidade. Nós entendemos estas exigências irrazoáveis e que fogem ao padrão legal a ser de possíveis exigências para as habilidades ao concurso de cargo de policial militar”, disse.
O edital da PM do Piauí prevê que “os candidatos que ostentarem tatuagem serão submetidos à avaliação, não podendo a tatuagem atentar contra a moral, os bons constumes, a dignidade da pessoa humana e às instituições democráticas”.
No ano passado, o STF proibiu a eliminação de candidatos com tatuagem durante o julgamento de recurso de um candidato que foi desclassificado em um concurso para bombeiro militar em São Paulo. O edital do concurso previa que não seria admitido candidato que tivesse tatuagem que atentasse contra “a moral e os bons costumes”, frase idêntica usada no certame da PM do Piauí .
Pela decisão do STF, só poderá haver alguma restrição se o conteúdo da tatuagem violar “valores constitucionais”. Isso incluiria, por exemplo, incitação à violência, grave ameaça a outra pessoa, discriminação ou preconceito de raça e cor ou apologia da tortura e terrorismo, ou seja, imagens que atentem contra a lei.
Leia mais…
Participar de um concurso público é, para além da busca por uma posição profissional mais